Como também é muito importante sabermos que há pessoas que nos amam e têm prazer em estar com a gente. A Igreja é lugar de gente que ama, perdoa, aceita e encoraja no Espírito. Era assim que vivia a igreja primitiva (At 2.42-47; 4.32-37). Os dois pilares da vida cristã – amor a Deus e ao próximo – eram vivenciados pelo povo de Deus. Havia perdão entre eles. Era uma comunidade onde havia festa, alegria. Quando o filho pródigo voltou para casa, o pai promoveu uma grande festa.
No ambiente da comunidade a graça de Deus opera de forma tão forte que todos nos sentimos iguais. Somos interdependentes. Não há acepção, preconceito, rejeição, mas amor repartido que produz atitudes e atos coerentes e pertinentes em Cristo Jesus para a saúde do Seu corpo. Onde há perdão e cura, há festa. Onde há comunhão, há plena alegria. É no ambiente da graça que vem o tratamento de Deus sobre nossas vidas, pois nada, absolutamente nada merecemos.
Deus trabalha em nós por meio do Seu Espírito operando o novo nascimento, aplicando-nos o caráter de Cristo. A Igreja primitiva tinha amor, perdão, pão, comunhão, testemunho e Testemunho (missão). Ela era um hospital e Jesus, o médico. Quanto mais se vivia Cristo mais saudável era a Igreja e mais relevante no mundo. As pessoas eram atraídas para a igreja pelo estilo de vida dos crentes. O modo de vida do povo de Deus era atraente.
Infelizmente hoje a maneira de viver dos membros das igrejas é repelente. Para atrair pessoas as igrejas usam-se dos eventos, grandes concentrações, ‘reuniões milagrosas’, pregação da teologia da prosperidade e outros mecanismos meramente pragmáticos (o que funciona melhor?). As pessoas precisam ver Cristo na comunidade dos salvos – os redimidos pelo Seu sangue.
Ser Igreja é ser Cristo nas atitudes e nos atos. Ser Igreja é caminhar na total dependência do Seu Senhor. É caminhar na direção dos párias, dos ébrios, dos maltrapilhos, dos pobres, dos miseráveis, dos doentes física e emocionalmente, dos violentados, dos drogados, dos aidéticos e de todos os que a sociedade secularizada rejeita. É necessário sairmos das quatro paredes, da nossa zona de conforto e partirmos para socorrer os que estão “cansados e oprimidos” para que Jesus os alivie (Mt 11.28-30).
Como Igreja, precisamos ser Cristo em carne e osso agindo neste mundo mau e tenebroso, sem esperança. Saiamos da acomodação, da inércia e da mesmice. Sejamos pessoas de oração, de profundidade espiritual e de criatividade, colocando em prática os ensinos do Mestre. Que sejamos pessoas inconformadas com tudo o que aí está.
Que experimentemos um ‘descontentamento santo’ (Bill Hybels). Realmente, não podemos nos conformar com este mundo, mas que experimentemos a metamorfose (transformação) do Senhor (Rm 12.1,2). Dia após dia vivamos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Sejamos a comunidade terapêutica, a comunidade invasora e catalisadora, a comunidade cheia do Espírito para fazer toda a diferença neste mundo que ‘jaz no maligno’ (1 Jo 5.19). Como Jesus, andemos por toda a parte fazendo sempre o bem (At 10.38).
Homens e mulheres cheios do amor do Pai, da graça de Cristo e do poder e da consolação do Espírito Santo até que Cristo volte. Maranata, Jesus!
Fonte: www.institutojetro.com , Via BEREIANO
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