Que mulher não fica ansiosa com a proximidade da chegada do filhote? Mas a ansiedade à flor da pele pode desencadear sintomas indesejados para mãe e bebê. Está comprovado que aliados ao peso, a fatores genéticos e a uma alimentação desequilibrada, o estresse e a ansiedade podem levar a um quadro de hipertensão arterial.
Os medos e incertezas de uma gravidez são uma verdadeira panela de pressão para a futura mamãe: estatísticas apontam que pelo menos 10% das gestantes sofrem de pressão alta. Além de dores de cabeça, cansaço, inchaço e palpitações, se a alteração na pressão não for tratada a tempo, o quadro pode agravar evoluindo para a eclampsia - principal causa de morte materna no país.
"A hipertensão ou pressão alta caracteriza-se pelo aumento da pressão arterial acima de 11 (na pressão mínima - diastólica)", revela a ginecologista e diretora do Centro de Endometriose São Paulo, Rosa Maria Neme. Até hoje são conhecidos três tipos de manifestação do problema durante a gestação: hipertensão crônica, hipertensão transitória e a DHEG (doença hipertensiva específica da gravidez).
"Quando crônica, a hipertensão arterial já existia antes mesmo da gravidez, continuou durante a gestação e até após", explica o obstetra Carlos Antônio Ferreira. "Já a hipertensão transitória surge durante a gestação e, como o próprio nome diz, tende a sumir até dois meses após o parto", completa o especialista. Quando a hipertensão surgida durante a gravidez (geralmente após a vigésima semana gestacional) evolui para um quadro mais grave trazendo riscos para mãe e bebê, temos a chamada DHEG que compreende a pré-eclampsia e a eclampsia.
Entendendo a eclampsia
Quando o aumento da pressão arterial ocorre no final da gravidez (a partir do quinto mês) e é acompanhada de sintomas como: "aumento de proteína na urina (espuma na urina), inchaço importante nas pernas, mãos e rosto, dores de cabeça e confusões visuais, estamos diante de um quadro de pré-eclampsia", revela Rosa. Falta de ar, cansaço, dores abdominais, menor presença de líquido amniótico no útero e redução do crescimento fetal são outros fatores que denunciam o quadro.
Perigosa, a pré-eclampsia pode evoluir para a eclampsia (aparecimento de convulsões) colocando em risco a vida da gestante e do bebê. "Nesses casos, a pressão sanguínea sobe de tal forma que diminui a quantidade de sangue que chega ao cérebro da mãe e conseqüentemente ao feto", explica Carlos. Quando isso ocorre, a interrupção da gravidez e/ou a indução do parto torna-se necessária. "Quando não se consegue controlar a hipertensão e ela oferece risco de morte fetal e complicações maternas, a cesárea torna-se necessária, pois com a retirada da placenta, o problema tende a desaparecer", justifica Rosa. No entanto, em casos mais leves, repouso e controle da pressão costumam ser suficientes.
Prevenir é melhor que remediar
A melhor forma de evitar as complicações da hipertensão arterial na gravidez é o diagnóstico precoce da doença durante o pré-natal. "Ele é feito através da aferição da pressão arterial e da dosagem de proteína na urina", explica Carlos. No entanto, uma alimentação equilibrada, a prática de exercícios físicos e a perda de peso podem dar uma mãozinha. "Sempre recomendamos que, associado ao uso de medicações anti-hipertensivas, a gestante leve uma dieta pobre em sal e sódio, aumente o consumo diário de líquido, pratique alguma atividade física e freqüente sessões de drenagem linfática", recomenda Rosa.
E ainda: "Evite o estresse, o consumo de bebidas alcoólicas e o fumo, pois estes fatores estão diretamente ligados a problemas do coração", acrescenta Carlos. Conhecer os grupos de risco para a doença também ajuda a mantê-la bem afastada. "Ainda que os motivos que levam à pré-eclampsia sejam desconhecidos, acredita-se que ela ocorra por uma alteração na formação dos vasos da placenta. Por isso, mamães de primeira viagem, adolescentes e grávidas de gêmeos têm mais chances de contrair o problema durante a gravidez", alerta Rosa.
Mesmo após o parto, o acompanhamento da pressão deve permanecer por até seis meses. Segundo estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, mulheres com pré-eclampsia têm quatro vezes mais riscos de desenvolver hipertensão arterial crônica e duas vezes mais chance de desenvolver doenças arteriais coronarianas mesmo após o nascimento da criança. Por isso, fique atenta! E não desista do sonho da maternidade. "Mesmo quando constatada antes da gestação, a hipertensão não impede uma gravidez. Basta o acompanhamento pré-natal regular para evitar o agravamento do caso", garante Rosa.
Fonte: Bolsa Mulher
Os medos e incertezas de uma gravidez são uma verdadeira panela de pressão para a futura mamãe: estatísticas apontam que pelo menos 10% das gestantes sofrem de pressão alta. Além de dores de cabeça, cansaço, inchaço e palpitações, se a alteração na pressão não for tratada a tempo, o quadro pode agravar evoluindo para a eclampsia - principal causa de morte materna no país.
"A hipertensão ou pressão alta caracteriza-se pelo aumento da pressão arterial acima de 11 (na pressão mínima - diastólica)", revela a ginecologista e diretora do Centro de Endometriose São Paulo, Rosa Maria Neme. Até hoje são conhecidos três tipos de manifestação do problema durante a gestação: hipertensão crônica, hipertensão transitória e a DHEG (doença hipertensiva específica da gravidez).
"Quando crônica, a hipertensão arterial já existia antes mesmo da gravidez, continuou durante a gestação e até após", explica o obstetra Carlos Antônio Ferreira. "Já a hipertensão transitória surge durante a gestação e, como o próprio nome diz, tende a sumir até dois meses após o parto", completa o especialista. Quando a hipertensão surgida durante a gravidez (geralmente após a vigésima semana gestacional) evolui para um quadro mais grave trazendo riscos para mãe e bebê, temos a chamada DHEG que compreende a pré-eclampsia e a eclampsia.
Entendendo a eclampsia
Quando o aumento da pressão arterial ocorre no final da gravidez (a partir do quinto mês) e é acompanhada de sintomas como: "aumento de proteína na urina (espuma na urina), inchaço importante nas pernas, mãos e rosto, dores de cabeça e confusões visuais, estamos diante de um quadro de pré-eclampsia", revela Rosa. Falta de ar, cansaço, dores abdominais, menor presença de líquido amniótico no útero e redução do crescimento fetal são outros fatores que denunciam o quadro.
“Mesmo quando constatada antes da gestação, a hipertensão não impede uma gravidez. Basta o acompanhamento pré-natal regular para evitar o agravamento do caso”.
Perigosa, a pré-eclampsia pode evoluir para a eclampsia (aparecimento de convulsões) colocando em risco a vida da gestante e do bebê. "Nesses casos, a pressão sanguínea sobe de tal forma que diminui a quantidade de sangue que chega ao cérebro da mãe e conseqüentemente ao feto", explica Carlos. Quando isso ocorre, a interrupção da gravidez e/ou a indução do parto torna-se necessária. "Quando não se consegue controlar a hipertensão e ela oferece risco de morte fetal e complicações maternas, a cesárea torna-se necessária, pois com a retirada da placenta, o problema tende a desaparecer", justifica Rosa. No entanto, em casos mais leves, repouso e controle da pressão costumam ser suficientes.
Prevenir é melhor que remediar
A melhor forma de evitar as complicações da hipertensão arterial na gravidez é o diagnóstico precoce da doença durante o pré-natal. "Ele é feito através da aferição da pressão arterial e da dosagem de proteína na urina", explica Carlos. No entanto, uma alimentação equilibrada, a prática de exercícios físicos e a perda de peso podem dar uma mãozinha. "Sempre recomendamos que, associado ao uso de medicações anti-hipertensivas, a gestante leve uma dieta pobre em sal e sódio, aumente o consumo diário de líquido, pratique alguma atividade física e freqüente sessões de drenagem linfática", recomenda Rosa.
E ainda: "Evite o estresse, o consumo de bebidas alcoólicas e o fumo, pois estes fatores estão diretamente ligados a problemas do coração", acrescenta Carlos. Conhecer os grupos de risco para a doença também ajuda a mantê-la bem afastada. "Ainda que os motivos que levam à pré-eclampsia sejam desconhecidos, acredita-se que ela ocorra por uma alteração na formação dos vasos da placenta. Por isso, mamães de primeira viagem, adolescentes e grávidas de gêmeos têm mais chances de contrair o problema durante a gravidez", alerta Rosa.
Mesmo após o parto, o acompanhamento da pressão deve permanecer por até seis meses. Segundo estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, mulheres com pré-eclampsia têm quatro vezes mais riscos de desenvolver hipertensão arterial crônica e duas vezes mais chance de desenvolver doenças arteriais coronarianas mesmo após o nascimento da criança. Por isso, fique atenta! E não desista do sonho da maternidade. "Mesmo quando constatada antes da gestação, a hipertensão não impede uma gravidez. Basta o acompanhamento pré-natal regular para evitar o agravamento do caso", garante Rosa.
Fonte: Bolsa Mulher
Um comentário:
Olá blogueiro!
O número de pessoas com hipertensão no Brasil aumentou de 21,5%, em 2006, para 24,4%, em 2009. A hipertensão é uma doença silenciosa e ataca todas as faixas etárias. Por isso, junte-se à campanha de combate e controle da hipertensão do Ministério da Saúde. Você pode ajudar na conscientização da população por meio do material de campanha que disponibilizamos para download. Caso se interesse, entre em contato com fernanda.scavacini@saude.gov.br
Obrigado!
Ministério da Saúde
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