outubro 29, 2009

Quando o justo sofre

“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente. E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Talvez pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente. E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles. Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.” JÓ 1: 1-8

Estes são os primeiros versículos de uma linda história bíblica, mas ao lermos todo o livro de Jó, tiraremos dele muitas lições que Deus usará para nos orientar ao longo de nossas vidas. Jó, embora fosse um homem tão de Deus que até mereceu um elogio particular e de destaque por parte do Senhor na Bíblia, passou por grandes sofrimentos físicos e emocionais, perdeu tudo o que tinha, inclusive toda a família, porém jamais blasfemou contra seu Deus. Murmurou, questionou como muitas de nós fazemos, mas manteve-se fiel a Ele e sua vitória foi com sabor de mel. Veja o final como foi: “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía. E depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos, e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. Então morreu Jó, velho e farto de dias.” JÓ 42: 10 e 17

O QUE TEM VALOR NESTA VIDA?

Um fato triste ocorrido em minha família há alguns dias tem me feito refletir sobre a importância que damos a algumas coisas. O falecimento de Márcio, meu cunhado de apenas 30 anos, pegou a todos de surpresa, pois era um homem forte, saudável e jovem. A gripe suína foi confirmada nos exames e graças a Deus, somente ele foi contaminado. Homem de Deus, obreiro incansável, assíduo nos cultos da Igreja, orava pelos enfermos, era fiel nos dízimos e ofertas, fazia campanhas de oração e de jejuns, era humilde, tinha muita fé, era submisso aos seus pastores, ótimo marido, ótimo pai... enfim, vivia conforme DEUS nos aconselha em sua Palavra, mas Jesus o quis bem juntinho dele.

Se ele não fosse um homem de Deus teria sido diferente? Sim, mas teria sido muito pior, porque aquele que não está com sua vida no altar de Deus, sofre infinitamente mais, principalmente porque sabe que não vai para um bom lugar, muitas vezes tem consciência das coisas ruins que semearam e que estão bem distantes do coração de Deus, mas o orgulho ou a cegueira não o deixam consertar isto enquanto há tempo. Como Jó, Márcio passou por dias difíceis, mas jamais blasfemou durante a sua dor e sempre reconheceu a soberania de Deus em tudo o que acontecia. A vontade do Pai era o que lhe importava e a sua própria vontade não importava tanto para ele.

Além do mais, o consolo que Deus dá à viúva, aos filhos, aos pais, familiares e amigos que também servem a Ele, é infinitamente maior. Não estamos desesperados, nem nos sentimos desamparados ou desprotegidos pelo Senhor. Um homem ou mulher de Deus, quando está no deserto, tem a certeza de que o Senhor está lá com ele e de que Ele sabe muito bem o que está fazendo. Em momento algum murmuramos contra o Senhor, por Ele ter permitido isto. Simplesmente aceitamos a sua vontade, além do mais sabemos que o lugar de um homem de Deus depois que morre, é juntinho do Senhor. Aleluia!

Quando passamos por situações desse tipo é comum pensarmos no que realmente tem importância em nossas vidas. Pequenos gestos que antes nem dávamos importância, hoje passam a ter muito mais valor aos nossos olhos, como pedir perdão a quem ferimos, orar um pouco mais, cantar hinos ao Senhor, ser mais honestos, elogiar as boas atitudes de alguém, ser mais humildes e menos arrogantes, medir as palavras que lançamos ao irmão, fugir da “roda dos escarnecedores”, ajudar alguém que precisa, abraçar mais os nossos filhos, esposos, pais, irmãos, amigos, colaborar mais nos trabalhos da Igreja.... Enfim, tudo o que vale a pena de fato, só procuramos fazer no momento em que nos vemos em risco de vida, o que é uma realidade muito triste. Passamos uma vida inteira cometendo “pequenos” erros, que para Deus são grandes, são graves e comprometem sim a nossa salvação. Basta ler a Bíblia para saber que isto é uma verdade. Você tem lido a Bíblia?

Amadas, devemos repensar diariamente sobre nossos conceitos, devemos nos preparar espiritualmente, consertar nossos altares, pedir ao Senhor que nos mostre nossos defeitos e consertá-los, limpar nossos corações de tudo o que nos afasta da comunhão com Deus e viver como se a volta de Cristo fosse hoje.
Assim diz o Senhor, em

Mateus 24:42-44 “Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem.”

Fonte: Mulher Cristã

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