setembro 04, 2009

Eliminando o orgulho

...E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.
(Mateus 23:12)

O orgulho consiste em conceito elevado que alguém faz de si próprio. A pessoa vestida com o orgulho tem sua aparência e seus sentimentos notados no andar soberbo, no olhar altivo, nas palavras que buscam elogios, tudo provenientes de um coração orgulhoso, que age premeditadamente.

Existe uma ênfase posta sobre o orgulho e seu antônimo, a humildade, que é uma característica distinta da religião bíblica. O orgulho rebelde, o que recusa a dependência de Deus e a sujeição a Ele, que antes atribui ao eu a honra que é devida ao Senhor, figura como a própria raiz e essencia do pecado.

Bem disse Tomás de Aquino: "O orgulho se revelou em primeiro lugar em Lúcifer quando tentou estabelecer seu trono no alto, em altiva independencia de Deus". O diabo caído instilou em Adão e Eva o desejo de serem deuses. Como resultado, a natureza inteira do homem foi infectada pelo orgulho na queda (Lc 10:18; Gn 3:5; Rm 1:21-23).

Em Proverbios 16:18 somos advertidos: A soberba precede a ruina, e a altivez do espírito precede a queda. Aqui aparece que rejeita humildade. A arrogância é como insolência, ambas são coisas odiosas diante da sabedoria divina.

Entre vários tipos de orgulho, podemos destacar:

a) Orgulho nacional - No AT, tal orgulho é exemplificado pela vida de Moabe, que soberbo ao extremo, arrogante, orgulhoso e cheio de furor, recusou-se a dar abrigo aos fugivos de Israel. Seu julgamento foi imediato. (Is 16:6,7)

b) Orgulho pessoal - Demonstrado por Nabucodonosor, que, em sua altivez, deixou que seu coração se engrandecesse de tal maneira que se esqueceu de que toda honra, glória e poder pertencem ao Deus eterno.

Tal atitude foi a causa da queda do monarca. Ele chegou a portar-se como um animal do campo. Sua reabilbitação só aconteceu aundo reconheceu que o Senhor dos Exércitos é o que vive para sempre, cujo dominio é um dominio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração (Dn 4:34).
O rei deu testemunho da grandeza e do poder de Deus. Esse líder chegou a isso depois de sua experiencia humilhante de loucura, quando seu orgulho caiu por terra, foi totalmente abatido.

O ensinamento grego durante os quatro séculos anteriores a Cristo, diferia dos ensinamentos judaicos por considerar o orgulho como uma virtude e a humildade como um sentimento desprezível. Aristóteles tinha profunda consideração pela própria excelencia, subestimá-la seria declarar-se como um espírito perverso.

A ética cristã rejeitou conscientemente todo o pensamento grego em favor do orgulho. A humildade foi elevada à posição de suprema excelencia quando Cristo declarou: A prendei de mim que sou manso e humilde de coração. Maria de Nazaré, em seu cântico, declarou de Deus:Com o seu braço, agiu valorosamente, dissipou os soberbos no pensamento de seu coração, depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes;(Lc 1:51,52).

"Nós ascendemos em glória, quando abatemos nosso orgulho. Onde a jactância termina, começa a dignidade." - Edwad Yong

Aos que exercem autoridade e lideram na obra de Deus, recomendamos que permaneçam olhando para Jesus, seguindo Seu exemplo de mansidão e humildade, não esquecendo a recomendação do apóstolo paulo aos que exercem o ministério: se é o dom de animar os outros, então animemos. Quem reparte com os outros o que tem, que faça isso com generosidade. Quem tem autoridade, que use a sua autoridade com todo o cuidado. Quem ajuda os outros, que ajude com alegria. (Rm 12.8)

Fonte: A mulher e os desafios da liderança - Por Antonieta Rosa.



2 comentários:

Anônimo disse...

Eu tinha um certo orgulho dentro de mim, mas o sofrimento me humilhou

Jonara disse...

paz...
É às vezes Deus nos "quebra" e outras nos "esfarela"; pra ensinar-nos nosso lugar e deveres.
Mas isso é bom. Ele sabe como age e com quem age. Ele faz o melhor para o seus.
Aparentemente à nós, doído e triste, porém, num futuro que só Ele vê será de grande valia.

paz e benção...