maio 06, 2009

Namoro, noivado e casamento - Parte 5


IV – CASAMENTO

É a legítima união de um homem com uma mulher (Gn 2.24). A instituição do casamento, desta forma, data dos primórdios da história do homem e reflete uma necessidade de ordem moral, física e também espiritual. O segredo do casamento é que, sendo a associação de duas pessoas, elas passam a constituir uma só unidade, daí a necessidade de que seja o resultado de uma profunda reflexão e uma escolha deveras sábia, para produzir os frutos desejados, segundo a vontade de Deus.

1– O casamento – a fase de união.
Pelo casamento, o homem une-se à mulher que escolheu para ser sua companheira de jornada na vida. Não se trata apenas de uma união física, mas de um entendimento perfeito, de uma comunhão genuína, de uma permanente união espiritual (Ef 5.31). Essa união gera uma identificação, que passa à posteridade.

O casamento é uma associação de duas vidas, e se isso fosse apenas por meio do sexo enfraqueceria essa união e a tornaria vulnerável. O casamento é uma união de vidas, de ideal, de valores, de idéias, de vontade, de propósito, de alvos, de fé, de sacrifícios, de derrotas, de vitórias, de sangue e suor. Tudo isso em torno da família, dos filhos, e da felicidade coletiva.

2– O casamento – um estado digno e honroso (Hb 13.4).
O casamento é mais do que um contrato civil ou uma exigência social. Segundo a Bíblia Sagrada, ele é uma aliança entre um homem e uma mulher para uma união digna e honrosa. Por ser ele um acontecimento de origem divina, merece ser encarado com o mesmo respeito que se deve a todas as coisas sagradas. O casamento não foi instituído para acomodar os instintos, ao contrário, é um estado de dignidade e honra, em que os cônjuges se comprometem a ser fieis reciprocamente, na felicidade e na adversidade, até a morte. Essa fidelidade moral é indispensável a honra e dignidade. Portanto, é absolutamente necessária a fidelidade conjugal, para cumprir a vontade de Deus de forma digna e honrosa.

3– O casamento – uma mudança de vida.
Muitas pessoas vêm ao casamento sem estar disposta a mudar. Quando não, vêm com o pensamento de mudar muita coisa na vida de seu cônjuge. É aí aonde está um dos grandes problemas de muitos casamentos.
Uma das coisas que devemos estar bem conscientes é que todo casamento exige mudanças, principalmente em nossa personalidade e nos procedimentos. E se eu não estou disposto a isso jamais deveria ter me casado.

Muitos conflitos em família ocorrem, exatamente porque cada um quer fazer essa mudança no outro, quando deveríamos partir do princípio de cada um mudar a si mesmo. Se você ora ao Senhor dizendo: “muda meu casamento”, acrescente esta frase: “mas que esta mudança comesse por mim”. Muita coisa em você precisa mudar, por isso não queira mudar o seu cônjuge, faça a sua parte, e deixe que Deus faça a outra, não queira assumir o lugar de Deus, pois isso só irá prejudicar mais nas mudanças.

4– Propósito de Deus para o casamento..
dentre os vários, aqui são destacados alguns:

a) Felicidade em geral do casal.
A felicidade no casamento não depende de sorte e sim de vontade. É seu comportamento no lar que determinará se você e seu cônjuge viverão felizes para sempre. Milhares de casais são infelizes porque um dos cônjuges desenvolveu um padrão de comportamento negativo e culpa o outro por coisas que fez ou deixou de fazer. Esse é um dos grandes erros que alguém pode cometer no casamento.

b) Companheirismo, intimidade e complementação mútua do casal.
Deus disse: “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). Ninguém acha bom estar só, a não ser em alguns momentos indispensáveis, para reflexão, ou comunhão com Deus (Mt 26.36-39). Companheirismo é o objetivo primário do casamento, pois homem e mulher se complementam. As intimidades amorosas que no namoro é proibido, no casamento devem ser desfrutadas.

c) Dar origem a novos lares.
Dar origem a novos lares é uma das bênçãos que o Senhor nos concedeu através do casamento. É através da união sexual entre um homem e uma mulher que a raça humana se multiplica. Este preceito foi exarado com precisão no Antigo Testamento (Gn 1.28; 9.1) e Jesus fez questão de ratificar através de seus ensinos nos Evangelhos, bem como nas Epístolas paulinas (Cl 3.20; 1Tm 2.15; 5.14; Tt 1.6; 2.4).

d) Vitalidade (Mt 19.6).
O casamento é para toda vida presente. Moisés permitiu o divórcio devido a dureza dos corações impenitentes pelo efeito do pecado. Assim, o divórcio não foi originado por Deus, como foi o casamento. Além do mais, o matrimônio feito segundo a Palavra de Deus (isto é “no Senhor”, 1Co 7.39), é uma figura da união mística entre Cristo e sua Igreja (Ef 5.23-32). Ora, entre Cristo e sua Igreja a união é eterna, não havendo nem figura, nem lugar para o divórcio.

e) Testemunhar de Cristo e da sua Igreja (Ef 5.31,32)
A família deve ser o lugar onde o evangelismo, o batismo no Espírito Santo e, as demais experiências cristãs, possam acontecer. Não é preciso esperar que as crianças tenham isto na Igreja, pois a própria família pode oferecer todas essas coisas, talvez de forma mais apropriada, visto que, o tempo à dispor é bem maior. Sem contar que uma família onde prevalece o amor, a união, a harmonia e a santidade, é um grande testemunho a sociedade.


Conclusão
O casamento tem como propósito unir duas pessoas e torná-las participantes de uma vida que deverá redundar em benefícios para muitas outras pessoas. Para isso cada casal, desde o namoro até o casamento precisa estar no centro da vontade divina. Depende, pois, de cada um de nós buscar ou negligenciar a bênção do Senhor.

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