abril 30, 2009

Namoro, noivado e casamento - Parte 3



1 – Jugos desiguais na vida.
O jugo passa a ser desigual na vida quando não há uma relação de proporção entre os dois, podendo levá-los a casamento problemático, indesejável e infeliz. Por isso não é porque estão se casando duas pessoas crentes que podemos afirmar que eles estão satisfazendo aos requerimentos do “jugo igual”. Há outros fatores que também devem ser observados visto que, eles influenciam na formação de uma família. Vejamos:

a) O jugo desigual da fé, da religião e da igreja.
O primeiro aspecto a ser observado no que diz respeito ao “jugo desigual” é o espiritual. É importante examinar minuciosamente se a pessoa que você quer namorar professa a mesma fé que você crê e que tenha o mesmo grau de espiritualidade ou freqüenta a mesma denominação que a sua, partindo do pressuposto sagrado que diz: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Am 3.3). Os exemplos de pessoas infelizes por terem deixado de observar esta ordenança divina estão registrados na história e na Bíblia. Sansão, nazireu de Deus, por exemplo, foi enganado pela própria esposa, ímpia e fingida, e, também, traído por Dalila ( Jz 13.5; 14.15-18; 16.4-21). Salomão, o grande sábio e rei de Israel é outro exemplo. Corrompeu-se pela influência das esposas incrédulas (1Rs 11.1-8; Dt 17.17). Quem namora um descrente, namora também com seus pecados, seus vícios, seus problemas morais, seu mundanismo, e tudo mais.
Outro ponto importante dentro deste aspecto é que o rapaz cuja visão espiritual é servir ao Senhor e até dedicar-se ao ministério da Palavra, deve procurar uma moça com a mesma visão que a sua. Da mesma forma, a moça deve observar o ideal espiritual do rapaz. Muitos jovens têm se desviado do plano divino por não observarem estes detalhes.

b) O jugo desigual do caráter.
O conhecimento do caráter, no período do namoro, envolve a habilidade de observar quem a pessoa é verdadeiramente, seu comportamento e atitudes. Nessas atitudes, ela refletirá sem dúvida, o seu caráter. Faça uma avaliação do seu próprio caráter com o da pessoa pretendida, e daí tire as conclusões que possam levar ao casamento ou não.
O namoro é um passo, mas somente um, na estrada para a felicidade no casamento. Ele tem como objetivo principal a formação de uma futura família, e a família caracterizar-se pela união de um homem e uma mulher para que haja um projeto de vida a dois, que é o que significa a expressão bíblica “uma só carne” (Gn 2.24). Neste passo, é, realmente, um fator a ser considerado o caráter do(a) pretendente. A linguagem branda ou pesada dentro do lar, entre pais e filhos, o modo de agir e reagir diante de circunstâncias inesperadas.

c) O jugo desigual da idade.
Muitos acham que a idade não tem a menor importância em um relacionamento de um homem com uma mulher. Outros ficam na dúvida sem saber se é ou não errado namorar e casar-se com alguém bem mais velho(a). Mas a grande verdade é que para não haver um jugo desigual também deve ser observado o equilíbrio entre a idade de ambos por causa das divergências de gostos e opiniões. Uma pessoa de dezessete anos tem pontos de vistas, maneiras de ver a vida e preferências bastantes diversos de uma pessoa de trinta.
Outro fator que deve ser levado em conta é o envelhecimento. O homem, normalmente, demora mais a envelhecer que a mulher, por isso não é aconselhável que ela case com alguém com a idade inferior a dela em mais do que quatro ou cinco anos. Já o homem pode ter até uns sete ou oito anos a mais que a mulher. O que ultrapassa desta média pode constituir-se em um jugo desigual. Pois enquanto se é jovem e saudável pode até parecer interessante casar-se com uma moça bem mais nova. Por exemplo, ele um quarentão, ela com os seus vinte aninhos. Mas, com o passar dos tempos, quando esse marido sentir-se cansado, com vontade de ficar em casa calçado de chinelos e vestido de pijama, enquanto a sua jovial esposa deseja passear, ir a festas, etc., ele não achará tão interessante assim.

d) O jugo desigual sócio-econômico.
“Não estamos aqui a defender a discriminação ou o sistema de castas ou de estamentos, como tivemos na Índia ou na Idade Média, mas não resta dúvida de que uma grande discrepância de nível sócio-econômico entre os pretendentes trará graves conseqüências que, não raro, acabarão por trazer irreversíveis males para a família que venha a se constituir. Pessoas de acentuadas diferenças neste nível, numa sociedade que, cada vez mais, distancia os pólos contrários da pirâmide social, entram em contacto em virtude de fatores que, via de regra, não podem alicerçar relacionamentos, como a atração física, o encontro casual ou momentâneo. Verdade é que, entre salvos, o contato entre pessoas de diversas classes sociais é muito mais intenso, pois a convivência na igreja derruba esta distinção (ou pelo menos, o certo é que haja esta derrubada, como nos ensina Tg.2:1-13). Mesmo assim, é preciso ter muito cuidado com relacionamentos desta espécie, inclusive para que não haja qualquer dúvida sobre a existência, ou não, de interesses escusos, devendo os pretendentes ser bem francos e claros, não apenas sendo honestos entre si mas revelando toda esta honestidade para suas respectivas famílias e para a sociedade como um todo. A desproporção nesta área também representa um jugo desigual “ (Caramuru Afonso).

e) O jugo desigual e suas conseqüências nos filhos amanhã.
São raros os filhos onde um dos cônjuges desobedeceu ao preceito divino, em não unir-se a um jugo desigual, que cresçam com objetivos e finalidades definidas, pois não têm a necessária orientação cristã em família, sendo presa fácil ao inimigo. Assim, essa família terá:
• Filhos sem decisão cristã.
• Filhos sem bons e firmes propósitos cristãos.
• Filhos sem a perpetuidade da fé cristã.

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