março 14, 2010

Justiça francesa proíbe propaganda antimuçulmana da extrema direita

As peças publicitárias representam uma mulher com trajes islâmicos ao lado de um mapa da França coberto com a bandeira da Argélia e do qual saem minaretes em forma de mísseis, com o título 'Não ao islamismo'

Por Sheila Bastos

A Justiça francesa ordenou nesta sexta-feira a retirada de cartazes eleitorais do partido de extrema direita Frente Nacional, considerados 'antimuçulmanos'.

O tribunal de Marselha (sudeste) considerou que 'este cartaz provocador é constitutivo de perturbação manifestamente ilícita' e 'de natureza a despertar um sentimento de rejeição e de animosidade contra um grupo de pessoas visadas por suas práticas religiosas, contra suas mulheres e sua nacionalidade'.

Na sentença, da qual a France Presse obteve cópia, o tribunal condena o FN e seu líder Jean-Marie Le Pen a retirarem todos esses anúncios num prazo de 24 horas (...) sob pena de multa de 500 euros [cerca de R$ 1.200] para cada dia de atraso.

As peças foram colocadas, principalmente, na região Provence-Alpes-Côte d'Azur (sudeste) onde Le Pen faz campanha liderando a chapa para as eleições regionais de 14 e 21 de março.

A Liga contra o Racismo e o Antissemitismo (Licra), o Movimento contra o Racismo e pela Amizade entre os Povos (MRAP) e o SOS Racismo entraram na justiça contra os anúncios.

Na segunda-feira (8), o ministro argelino das Relações Exteriores, Mourad Medelci, havia solicitado ao 'Estado francês tomar as medidas cabíveis quanto símbolos de países estrangeiros são pisoteados'.



Fonte: Folha Via, OGalileo

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