junho 03, 2009

Contar com Cristo e começar denovo


Lucas 7. 37-48

Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa.

E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento.

Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora. Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize - a, Mestre.

Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão:

Vês esta mulher?

Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés.

Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados.

A mulher foi a Cristo para pedir-lhe perdão. Foi contundente em sua declaração de arrependimento; parece que viu em Cristo uma possibilidade de começar de novo.

Você já pensou nisso: começar de novo? Não seria maravilhoso?
Essa é uma das coisas que mais me admira no relacionamento com Jesus, a possibilidade de recomeçar a vida. Nem sempre significa mudança das circunstâncias externas, porém, sempre significa mudança das circunstâncias internas.
O mundo à volta da gente pode não mudar um milímetro, mas, a gente muda quilômetros.

Ele nos limpa! O mundo pode continuar em crise, mas, a crise não continua mais na gente. O mar pode continuar bravio, porém, a gente passa a andar por sobre o mar. A vida da gente fica mais importante que a crise e a gente tira a crise de "letra".
Do que será que aquela moça estava pedindo perdão? A reação de Simão parece indicar que a menina não gozava de boa reputação.

Você! Se estivesse no lugar dela, do que pediria perdão a Jesus Cristo?

Eu gostaria de sugerir que você pedisse perdão ao Senhor pelo mesmo motivo que ela. Não precisa se ofender! Eu penso que a moça, com aquele gesto estava dizendo a Jesus: "Olha o que eu deixei que a vida fizesse de mim e comigo. Me perdoa, me dá um novo começo."

É assim mesmo: a gente vai vivendo displicentemente e, sem se dar conta de nossa maldade inata, que, muitas vezes, manifesta-se de maneira sutil, vai deixando a roda da vida nos esmagar. Um dia, a gente se levanta sem coragem de olhar-se no espelho: não nos agüentamos mais, temos vergonha daquilo que nos tornamos – subestimamos nossa fragilidade frente ao mal, assim como, nossa tendência para o mesmo.

A gente acumula preconceitos; teimosias; raivas; manias; mágoas; soberba; amargura; baixa estima; orgulhos; vaidades; mentiras; frustrações; desesperanças; enganos; remorsos; depressões; vícios; inimizades e tantas outras manifestações da maldade...

E agora? Faça como a moça, vá a Jesus Cristo, ele tem perdão para oferecer: perdão que esquece e que instaura a vida, que desperta amor, que gera um novo começo.

Aproveite, Deus está numa campanha de fazer surgir no ser humano o amor que nasce do perdão recebido – é tempo da graça.
Ah! Você não tem essa crise? É só uma questão de tempo ou de consciência. Aliás, espero que aconteça antes que seja tarde demais porque a campanha tem tempo limitado.

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