abril 25, 2009

Amamos verdadeiramente?


Por Eberson Christoni


Na maioria das vezes, estamos em nossas igrejas e, com toda alegria, cantamos, declaramos nosso amor a Deus, mas não nos preocupamos com a pessoa que está sentada ao nosso lado. Se é alguém desconhecido, nem mesmo perguntamos o seu nome.
Não nos interessamos em saber se ela está precisando de alguma ajuda, de uma palavra de ânimo ou simplesmente um sorriso sincero. "Se eu perguntar e ela precisar de ajuda, eu terei que gastar tempo com ela", "ajudar quem está precisando é tarefa dos pastores da igreja e não minha", são respostas que, nas maioria das vezes, ouvimos das pessoas.

Em I João 4:20, o autor diz que aquele que disser que ama a Deus e não amar seu irmão, é mentiroso. Nossas igrejas estão cheias de pessoas deste tipo, dizem que amam a Deus e viram as costas para as necessidades do próximo.

Amar o próximo não é simplesmente dizer: "eu te amo meu irmão".
Amar o próximo é ter um amor genuíno dentro do coração, um amor que se interessa pelo próximo, pela pessoa dele e não pelos bens dele. Há muitos que se aproximam de alguém, simplesmente para se aproveitarem da posição de destaque que essa pessoa ocupa. É necessário ter um amor não apenas de palavras, mas um amor prático. Mais forte que nossas palavras, são nossas atitudes.

No capítulo 4 de Gênesis, encontramos a história de Caim e Abel. É uma história bem conhecida por todos nós. Por causa da inveja, Caim matou o seu próprio irmão.
"Disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele respondeu: Não sei. Acaso sou eu tutor de meu irmão?" (Gn. 4:9).

Ao contrário do que pensava Caim, nós somos responsáveis pela vida de nosso irmão. Somos responsáveis por sua vida espiritual. O amor de Deus, que deve estar dentro de nós, nos leva a um interesse pela vida de nosso irmão. Como eu posso estar bem comigo e com Deus se meu irmão está passando por algumas necessidades?

O amor que deve existir na igreja, um amor puro, derramado por Deus, deve eliminar todo o individualismo e egoísmo que são tão prejudiciais às pessoas.

Quantas pessoas passaram por nossas igrejas e hoje estão no mundo? Quantas pessoas que você já teve oportunidade de conversar, mudaram de igreja pela falta de amor que reinava onde elas estavam?

Todas estas pessoas são vítimas da falta de amor e de companheirismo que, infelizmente, imperam na maioria das igrejas.

Talvez você esteja pensando: "Não, esta culpa não cairá sobre mim pois, eu tenho muitas amizades".

Será que, com suas muitas amizades você está "fechado" para novas amizades ou para uma pessoa que não tenha o mesmo nível social que você, ou até mesmo, para uma pessoa que não seja tão "simpática" como as pessoas do seu grupo?

Quantas pessoas já fizemos tropeçar em nosso "testemunho" parcial, sem amor?

A verdade é: Matamos a vida espiritual com nossas palavras e atitudes impiedosas.

"Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor é de Deus. Quem ama é nascido de Deus e conhece a Deus". ( I Jo 4:7).

Nós, que somos discípulos de Cristo, eu tenho que amar como Cristo amou.
Creio que está na hora de nos perguntar:

· Como tem sido meu relacionamento com meu irmão?
· Tenho sido pedra viva ou pedra de tropeço?
· Tenho edificado ou destruído?
· Tenho inspirado pessoas com meu testemunho ou desestimulado com minhas atitudes?
· Tenho amado o meu próximo como a mim mesmo ou tenho demonstrado total indiferença?
O desejo do meu coração é que você possa influenciar positivamente as pessoas que estão ao seu lado (dentro e fora da igreja), através do seu exemplo, da sua fé, e principalmente, através do amor.

Se você tem dificuldade de expressar seu amor, peça a Deus que Ele dará condições para você.
"O Senhor vos aumente, e vos faça crescer em amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco". (I Ts 3:12).

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